segunda-feira, 30 de julho de 2012

De volta ao velho hábito

Notei que estou com excesso de informação na cabeça e uma dosagem extra de sentimentos no coração. Percebi que isto está intimamente ligado ao fato de eu não escrever mais. De não extravasar meus pensamentos, meus medos, minhas angústias e minhas dores.

Desde que me entendo por gente escrevo. Escrevia quando estava feliz ou triste. Escrevia quando meu coração sangrava ou estava em festa. Escrevia para tentar entender as coisas tortas do mundo, ou simplesmente, para tentar entender o quão torta eu estava.

Quatro anos me dedicando a um curso (que era o sonho da minha vida) me afastaram da escrita. Gente que tem habilidade com as palavras escritas, não tem com as palavras faladas e isso pode ser um problema.

As palavras sempre foram minhas amigas. Se a boca não conseguia articular, a caligrafia conseguia traduzir perfeitamente. Talvez por isso hoje, com 25 anos de idade, eu não me reconheça mais em alguns aspectos, pois simplesmente deixei de escrever. Deixei de botar para fora tudo aquilo que me fazia mal.

Notei HOJE, depois de tantos anos, que era uma pessoa mais saudável, menos estressada e mais leve quando compartilhava, ainda que de forma muito subjetiva, aquilo que estava enraizado dentro de mim. Terapia? Besteira quando se sabe escrever, gosta e sobrevive disso.

Desta forma, decidi retomar o bom e valioso hábito. Quero deixar bem claro para mim e para você que me lê que retomei a velha e grande amizade com as minhas grandes, sábias e esclarecedoras amigas: as palavras.

Que cada junção de consoante e vogal, frases, períodos e parágrafos possa me fazer um bem maior ao final de cada texto e, quem sabe, trazer conforto para qualquer um que venha a ler meus desabafos, minhas filosofias e reflexões.