sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Minhas Sombras

Aquelas que me tornam obscura
Que fazem da minha face um espelho de dor
Refletem em meus olhos, resquícios de lágrimas negras
Controladas por um raio minúsculo de luz aceso em minha alma

Minhas sombras são densas, pesam sob meu corpo
Curvam-se diante de qualquer desafio que a vida me propõe
Sugam qualquer sinal de sorriso que venha brotar em meus lábios
Repelem as pessoas e seus afetos para comigo

Retiram a beleza dos pormenores existentes no mundo
Que só consigo enxergar quando existem mais sombras
Sombras, amargas sombras
Tão minhas e tão longas


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Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Clarice Lispector